A crise no Senado começou após a disputa entre os partidos do PT e PMDB para a presidência da Casa, trazendo à tonas uma série de irregularidade. O candidato do PMDB José Sarney ganhou a eleição que concorria com Tião Viana do PT.
Após as denúncias dois diretores do Senado deixaram seus cargos. Agaciel Maia deixou a Diretoria-Geral após ser revelado que ele não registrou em cartório uma casa avaliada em R$ 5 milhões. João Carlos Zoghbi deixou a Diretoria de Recursos humanos do Senado depois de ser acusado de ceder um apartamento funcional para parentes que não trabalham no Congresso. Ainda foi divulgado que mais de 3000 funcionários da Casa receberam durante o recesso parlamentar de Janeiro.
O presidente José Sarney ao ser cobrado de respostas concretas das denúncias, apelou para a sua história para se defender e disse que nunca esteve envolvido em irregularidades, afirmando que ao longo de sua vida não fez outra coisa a não ser louvar a instituição.
"Não seria agora, na minha idade, que eu iria praticar qualquer ato menor que eu nunca pratiquei na minha vida. Eu aqui no Senado assisti durante esses anos todos muitos escândalos, muitos momentos de crise, mas em nenhum momento meu nome esteve envolvido. Nunca tive meu nome associado às coisas faladas sobre o Parlamento ao longo do tempo." afirma Sarney.
Segundo a empresária Ruth Borges, o presidente Jose Sarney é um exemplo de político, pois no governo passado gostei muito de sua conduta. Agora hoje apesar da atitude do presidente em colocar a família para trabalhar na casa eu acredito que ele deveria sim colocar pessoas de sua inteira confiança, pois ele foi eleito e não está na presidência por acaso".
O último escândalo envolve mais de 500 atos secretos publicados ao longo dos últimos 14 anos no Senado e que foram usados para nomear, exonerar e aumentar salários de pessoas ligadas ao comando da Casa.
O presidente José Sarney teve duas sobrinhas e um neto nomeados por ato secreto, Maria do Carmo de Castro nomeada para um cargo no então gabinete de Roseana Sarney do PMDB-MA, Macieira e Vera Portela Macieira Borges, lotada no gabinete do senador Delcídio Amaral do PT-MS e o neto nomeado e exonerado do gabinete do senador Epitácio Cafeteira do PTB-MA por ato secreto.
José Sarney disse que não sabia que Cafeteira tinha empregado seu neto e afirmou que todos os atos secretos são de responsabilidade das administrações anteriores. "Mas é tudo relativo ao passado, nada relacionado ao nosso período. Nós não temos nada a ver com isso. Eu não vou dizer que ocorreu na presidência tal e tal, até porque alguns colegas nossos estão mortos.", afirmou ele.
"Pra mim existem outros interesses por trás destas crise, já que o Sarney já esteve a frente do Senado em outras oportunidades, comento arbitrariedades da mesma forma e nunca apanhou com tanta força. Esses mesmos Senadores que brigam com Sarney hoje, já foram seus aliados em um passado bem recente. Essa briga de caciques e coronéis vem com mais força, para atrapalhar os planos de sucessão do Presidente Lula.", conclui a estudante do 8º período de Jornalismo Pollyanna Ribeiro.
Falar que não sabia das posições que os familiares tinha no Senado foi um pouco além do que devia um presidente, até porque são pessoas muito próximas a ele e que não poderia passarem por despercebidas.
No nosso Brasil a histórias de política sempre deve memória curta, esquecendo muito rápido os vários escândalos envolvendo nossos representantes. Para algumas pessoas o fato de o presidente do Senado não ter conhecimento dos cargos dos parentes é normal. Mas como tudo na vida tem seus dois lados existem pessoas que não acredita nisso e acham um absurdo suas declarações a respeito do assunto.
Mas na realidade toda a sociedade deve lutar para que os atos incorretos não fiquem em pune e que tenhamos mais conhecimento e certeza na hora do nossos votos. Pois somos nós que escolhemos nossos representantes.
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